O calibre .38 Smith & Wesson Special ou simplesmente .38 Special ou 38 Special, ou .38 SPL ou 9,1×29 mmR[1][2] é uma munição de fogo central projetada pela Smith & Wesson em 1898, para ser uma versão melhorada do .38 Long Colt.[3] É uma munição própria para revólveres, contudo existem pistolas que usam esse cartucho.[4]
As 0,38 polegadas referem-se ao diâmetro aproximando do cartucho (nota-se que o .38SPL moderno possuí 0,357 polegadas de diâmetro, porém a denominação 38 foi mantida por razões comerciais). Exceto pelo comprimento, que é menor, o diâmetro do .38 Special é idêntico ao do .357 Magnum: 9,0678mm (9.652mm - projétil) visto que o .357 Magnum foi desenvolvido a partir do .38 em 1935. Essas características permitem o uso da munição .38 Special em revólveres construídos para o calibre .357 Magnum. O contrário não se dá pelo maior comprimento dos cartuchos 357 Magnum, além das pressões superiores que causariam acidentes fatais em armas projetadas para o calibre 38.
Em 1902 como um desenvolvimento do calibre .38 Long Colt, que durante a guerra das Filipinas foi desaprovado seu poder de parada, foi desenvolvido o .38 Special.[7][8][9]
O 38 Special foi inicialmente projetada para uso com pólvora negra, e depois passou a usar a pólvora sem fumaça quando esta se tornou popular, no início da década de 1920.
Na década de 1930, revólveres de estrutura reforçada destinados ao tiro esportivo permitiram o desenvolvimento do .38 Special Hi-Speed e, posteriormente, do .357 Magnum.[9]
Os revólveres reforçados que originalmente eram usados no calibre .44 Special, sobreviveram no calibre 38 Special por três décadas até que os revólveres .357 Magnum se tornaram mais famosos.[10]
.38 Special +P
O calibre .38 Special +P é uma versão mais potente desse calibre devendo ser usadas apenas em revólveres .38 reforçados ou em revólveres .357 Magnum. De acordo com a Tabela Marshall que indica stopping power de diversos calibres de armas curtas o .38 Special com munição +P ponta oca de 158 grains, tem como maior grau de eficiência já registrado um índice de 78%. Isso significa que essa munição tem 78% de chance de parar um agressor com apenas um disparo.[10]
O calibre é muito popular nos rifles e carabinas de ação por alavanca, como os rifles Puma da extinta marca Rossi e agora Taurus.
↑Sharpe, Phil, The New Smith & Wesson Heavy Duty .38, The American Rifleman, November 1931
↑Sharpe, Phil, The New Smith & Wesson Heavy Duty .38, The American Rifleman, November 1931: "..the destruction of this load was terrific..Every shot showed evidence of key-holing after the first half of the penetration had been accomplished."
↑Shideler, Dan, Is This the Greatest .38 Ever, Gun Digest, 4 August 2008
↑Sharpe, Phil, The New Smith & Wesson Heavy Duty .38, The American Rifleman, November 1931: Chambered in .38 Special, the .38/44 was built on the old S&W .44-calibre Hand Ejector frame.
↑ abShideler, Dan, Is This the Greatest .38 Ever, Gun Digest, 4 August 2008: The new .38/44 load developed a maximum allowable pressure of 20 000 libras por polegada quadrada (140 MPa), producing a velocity of about 1 100 ft/s (340 m/s) from a 5 in (130 mm) barrel with a 158 gr (10.2 g) metal-tipped bullet.
↑ abAyoob, Massad, "Why are We Still Using the .38 – It's Still A Good Cartridge", American Handgunner, San Diego: Publishers Development Corp., Vol. 6, No. 30, September/October 1981, p. 64