Historicamente, Łęknica fica na Alta Lusácia.[4] De 1975 a 1998, a cidade pertenceu administrativamente à voivodia de Zielona Góra.
Estende-se por uma área de 16,4 km², com 2 364 habitantes, segundo o censo de 31 de dezembro de 2021, com uma densidade populacional de 144,1 hab./km².[2]
Originalmente um município independente (Lugknitz), foi anexado a Bad Muskau em 31 de março de 1940, após o que foi seu distrito da margem direita do rio Neisse até 1945.[5]
História
Sobrados na rua GranicznaMercado de fronteira Polenmarkt
A história de Łęknica está ligada à cidade alemã de Bad Muskau. Muskau recebeu direitos de cidade em 1452; ao longo dos séculos, foi repetidamente destruída por incêndios e inundações. O centro de Muskau ficava na margem oeste do rio Neisse, com prados, terras agrícolas e florestas que se estendiam para o leste. Na fronteira com esse lado do Muskau havia um assentamento chamado Wendyjska Wieska, mais tarde Luknić e Lugnitz, que deu origem à Łęknica do pós-guerra.
Em 31 de março de 1940, Lugknitz foi incorporada a Muskau, tornando-se seu distrito da margem direita.[6]
As tropas alemãs foram expulsas da cidade em 22 de fevereiro de 1945 pelas tropas do 52.º Exército da Primeira Frente Ucraniana.[7] Após o estabelecimento da fronteira polonesa-alemã no rio Neisse, Łęknica (originalmente chamada Lubanicą) tornou-se uma cidade independente sem direitos municipais.[8][9] Os destacamentos poloneses das Forças de Proteção de Fronteira (WOP) começaram a desempenhar funções na fronteira a partir do outono de 1945. Em 1946, a torre de vigia da 22.ª WOP do Comando da 5.ª Seção estava localizada aqui. A cidade foi 70% destruída durante a guerra. Também houve uma destruição significativa das instalações industriais: os poços da mina de lignito “Babina” (40%), uma fábrica de vidro (30%) e uma fábrica para a produção de tijolos de construção — telhas (50%).[9]
Os colonos militares foram os primeiros habitantes da cidade e, após sua desminagem por uma unidade de sapadores em setembro de 1945, novos colonos começaram a chegar das províncias centrais da Polônia. Os poloneses que retornavam dos trabalhos forçados também se instalaram aqui. Os repatriados da França e da Bélgica também ficaram na cidade. Como parte da repatriação da União Soviética, dezoito famílias vieram para Łęknica em 1958.[9]
A aldeia mudou de nome várias vezes: entre 1945 e 1947 era Łuknica, e depois Ługnica e Łęknice.[9] Ela recebeu o nome de Łęknica em 1956.[10] A estação ferroviária foi chamada de Muskau Ocidental até o final da década de 1960.[10] Na época das mudanças administrativas, até 1950, como vila (com o condado de Żary), fazia parte da voivodia da Breslávia. Até 1954, pertencia à comuna de Niwica, a partir de 1955 era a sede da gromada de Łęknica,[11] e em 1956 foi renomeada como assentamento.[12] Em 1 de janeiro de 1969, por uma decisão do Conselho Nacional Provincial, foram concedidos os direitos de cidade.[13]
Além disso, árvores excepcionais crescem no Parque Muskauer. As maiores delas são carvalhos monumentais — o “Carvalho Odin” com uma circunferência de 854 cm (em 2011)[19] e o “Carvalho Tor”, com uma circunferência de 715 cm (em 2015).)[20]
A área da comuna de Łęknica faz parte do parque paisagístico polaco-alemão “Łuk Mużakowa” (Arco de Muskauer).[21] Um dos quatro geoparques transfronteiriços do mundo incluídos pela UNESCO na Lista de Geoparques Mundiais.[22]
Estrutura da superfície
Conforme os dados de 2002,[23] Łęknica tem uma área de 16,4 km²,[2] incluindo:[24]
Terras agrícolas: 11%
Terras florestais: 65%.
A cidade é responsável por 1,18% da área do condado.
Demografia
Conforme os dados do Escritório Central de Estatística da Polônia (GUS) de 31 de dezembro de 2022, Łęknica é uma cidade muito pequena com uma população de 2 277 habitantes (39.º lugar na voivodia da Lubúsquia e 831.º na Polônia),[25] tem uma área de 16,43 km² (12.º lugar na voivodia da Lubúsquia e 385.º lugar na Polônia)[26] e uma densidade populacional de 138,59 hab./km² (42.º, penúltimo lugar na voivodia da Lubúsquia e 904.º lugar na Polônia).[27] Nos anos 2002–2021, o número de habitantes diminuiu 12,0%.[2]
Os habitantes de Łęknica constituem cerca de 2,41% da população do condado de Żary, constituindo 0,23% da população da voivodia da Lubúsquia.[2]
Por Łęknica passava a estrada nacional n.º 12, que levava ao cruzamento da fronteira Łęknica-Bad Muskau, na fronteira com a Alemanha.
Para movimentar o tráfego de trânsito intenso para fora de Łęknica, no lado polonês, e Bad Muskau, no lado alemão, foi construído um desvio. Isso inclui uma seção da estrada nacional n.º 12, que passa ao longo dos arredores sul, sudeste e leste de Łęknica, uma nova ponte de fronteira sobre o rio Neisse e uma nova seção de estrada no lado alemão, perto da cidade de Krauschwitz.[30] Em 22 de dezembro de 2011,[31] foi inaugurado o desvio da cidade e, anteriormente, em 17 de outubro, uma nova ponte sobre o rio Neisse, na direção de Krauschwitz.
Esporte
Desde 1947, existe um clube de futebol em Łęknica chamado Clube Esportivo de Łęknica,[32] que joga na temporada 2023/2024 na classe distrital, grupo Zielona Góra. O time joga suas partidas em casa no Estádio Municipal de Łęknica.
↑Rada Ochrony Pomników Walki i Męczeństwa „Przewodnik po upamiętnionych miejscach walk i męczeństwa lata wojny 1939- 1945”, Sport i Turystyka 1988, ISBN83-217-2709-3, p. 832.
↑Zmiany administracyjne miast i osiedli 1918-1963, Varsóvia, 1964, p. 191–192, 208.
↑ abcdPark Mużakowski i atrakcje geoturystyczne okolic Łęknicy. [S.l.: s.n.] p. 26
↑ abPark Mużakowski i atrakcje geoturystyczne okolic Łęknicy. [S.l.: s.n.] p. 27
↑Resolução nº V/30/54 do Conselho Nacional Provincial de Zielona Góra, de 5 de outubro de 1954, sobre a divisão em uma nova gromada (distrito administrativo) do distrito administrativo de Żary; no âmbito da Ordem do Presidium do Conselho Nacional Provincial de Zielona Góra, de 4 de dezembro de 1954, sobre a proclamação das resoluções do Conselho Nacional Provincial de Zielona Góra, de 5 de outubro de 1954, relativas à reforma da divisão administrativa da aldeia (Dziennik Urzędowy Wojewódzkiej Rady Narodowej w Zielonej Górze z dnia 4 grudnia 1954 r., Nr. 10, Poz. 55).
