Sua infância se viu fortemente marcada pela morte de seu pai, falecido quando apenas tinha dezoito meses de idade. A descomposição do seio familiar continuou durante a Guerra Civil Espanhola, quando seu irmão Manolo foi assassinado pelo bando franquista em 1936. Posteriormente seu irmão Pedro se exilou por suas atividades republicanas e sua irmã Maruja não pode exercer como professora pelo mesmo motivo. Em 1943 enfermo de tuberculose, assim inicia um lento processo de recuperação em Páramo del Sil, de onde se aficciona a ler poesia e começa a escrever o seu próprio. Três anos mais tarde se havia por fim se recuperado, ao que sempre arrastará uma insuficiência respiratória que causaria depois a morte, e decide estudar Direito na Universidade de Oviedo; em 1950 se translada a Madrid para estudar na Escuela Oficial de Periodismo. O poeta Luis García Montero havia publicado em 2009Mañana no será lo que Dios Quiera, com uma linguagem poética e emocionante, conta os primeiros anos da vida de Ángel González. Quatro anos depois, em 1954, oposita[necessário esclarecer] para Técnico de Administración Civil del Ministerio de Obras Públicas e ingressa no Cuerpo Técnico; o destinam a Sevilla, mas em 1955 pede uma excedência e vai a Barcelona durante um período em que exerce como corretor de estilo de algumas editoras, fazendo amizades com o círculo de poetas de Barcelona, formado por Carlos Barral, Jaime Gil de Biedma e José Agustín Goytisolo; em 1956 publicou seu primeiro livro, Ásperomundo, fruto de sua experiência como hino da guerra; com ele obteve um segundo prêmio de Premio Adonais de Poesía. Volta a Madrid para trabalhar de novo na Administração Pública e conhece o grupo madrilenho de escritores de sua geração, Juan García Hortelano, Gabriel Celaya, Caballero Bonald e alguns poetas mais.
Sua obra é uma mescla de intimismo e poesia social, com um particular e característico toque irônico, e trata assuntos cotidianos com uma Linguagem coloquial e urbana, nada neopopularista nem localista. O passo do tempo e a temática amorosa e cívica são as três obsessões que repetem ao longo e largo de seus poemas, de retrogosto melancólico mas otimistas. Sua linguagem é sempre pura, acessível e transparente; se destila em um fundo ético de digna e humana fraternidade, que oscila entre a solidariedade e a liberdade, igual que de outros colegas geracionais como José Ángel Valente, Jaime Gil de Biedma, Carlos Barral, José Agustín Goytisolo e José Manuel Caballero Bonald.